sábado, 5 de março de 2011

Dois Tempos

Ontem

Ela comprimia suas horas,
Na verdade, não as queria;
Nelas havia solidão.


Por outro lado, ele vivia,
Sem noção da existência dela;
Seguia, sem pressa, por um amor.


Ela buscava onde não tinha,
Seu destino não era o seu ver;
Seu coração se esbarraria com o dele.


E nele algo foi despertado,
Que, para ela, nada era;
Já era certo de que eles se amariam.


Nele, a paixão germinou no peito,
E no dela, ela replantou;
Por sorte, vingou o amor.

Hoje

Ela prolonga os dias,
Com alegria, que estes se repitam;
Neles há o sonho de sua vida.


Ao seu lado, ele convive,
Compartilha do que ela sente;
Caminham, felizes, amando.


Ela acha o que quer,
Porque vê através da alma;
Seus corações falam entre si.


Ele se renova a cada dia,
Por ela, que tudo é;
De tão mútuo, sempre se amarão.


Nele, o desejo cresce,
E nela, também isto nasce;
Predestinado, prevalece o amor!


07 de outubro de 2006.

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