Ontem
Ela comprimia suas horas,
Na verdade, não as queria;
Nelas havia solidão.
Por outro lado, ele vivia,
Sem noção da existência dela;
Seguia, sem pressa, por um amor.
Ela buscava onde não tinha,
Seu destino não era o seu ver;
Seu coração se esbarraria com o dele.
E nele algo foi despertado,
Que, para ela, nada era;
Já era certo de que eles se amariam.
Nele, a paixão germinou no peito,
E no dela, ela replantou;
Por sorte, vingou o amor.
Ela prolonga os dias,
Com alegria, que estes se repitam;
Neles há o sonho de sua vida.
Ao seu lado, ele convive,
Compartilha do que ela sente;
Caminham, felizes, amando.
Ela acha o que quer,
Porque vê através da alma;
Seus corações falam entre si.
Ele se renova a cada dia,
Por ela, que tudo é;
De tão mútuo, sempre se amarão.
Nele, o desejo cresce,
E nela, também isto nasce;
Predestinado, prevalece o amor!
07 de outubro de 2006.
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